sábado, 2 de agosto de 2014




A grandeza demonstrada por Deus quando tratando com Jó


O livro de Jó nos mostra, como nenhum outro, como Deus controla todas as coisas para cumprir Seus propósitos de bênçãos para os seus.
A maneira complexa de como Deus interliga as ações de Satanás, da espôsa de Jó, seus três amigos e como humilha Eliú para trazê-lo aos seus propósitos são testemunhos de Seu grande poder, sabedoria e conhecimento. Jó era um “objeto” especial do favor de Deus, e o livro de Jó é dado como uma demonstração de como as provações em que somos colocados por ele são para o bem e bênçãos. A maior benção em ler o livro não é poder entender a complexa discussão, mas em poder enxergar a finalidade dos caminhos de Deus para com Jó e toda a Sua misericórdia. Nós acreditamos que Deus nos deu esse livro para nos ajudar em nossas provações. 

O Trabalho de Satanás 

Satanás é o primeiro agente a ser usado. Deus chama a atenção para a perfeita e correta vida de seu servo. Então Satanás sugere que Jó era piedoso por causa da proteção e bênçãos que Deus lhe dava e prontamente propõe um plano no qual ele pensa que iria fazer Jó amaldiçoar a Deus. Então Deus permite mas com certas restrições que não permitia Satanás ir al´m das razões que Deus queria conseguir atrav´s dessa provação. Satanás pode ser um agente usado em nossas provações mas é Deus esta com o controle de tudo, e Satanás não pode ir além do que Deus permite. Satanás então, imediatamente após falhar em sua primeira tentativa, parte para medidas extremas de morte e destruição, doenças no corpo e sofrimento tentando provar o contrário do que Deus disse sobre Jó e fazer com que Jó falhasse. Mesmo assim Jó se manteve íntegro e não amaldiçoou a Deus.
Satanás tenta então como seu último recurso semear desespero no coração da mulher de Jó fazendo com que ela dissesse para amaldiçoar a Deus e morrer. Mas Deus tinhas outras razões para permitir que Satanás fizesse o que fez. Ele queria o bem  e abençoar a Jó, pois Ele via algo em Jó que O impedia de abençoa-lo. A benção que Deus tinha reservado para Jó era muito melhor do que ele poderia conseguir por sua própria justiça. Esse plano necessitava de uma provação que levasse Jó a desistir de sua própria justiça e depender somente de Deus. Seus três amigos são outros agentes usados para dar continuidade `a sua provação.

Os três amigos de Jó.

Após Satanás terminar tudo o que ele poderia fazer para Jó, três amigos vêm para o consolar. Mas, ao contrário de serem uma ajuda para levar Jó a Deus, eles usam suas próprias experiências, lógica e tradição. Seus esforços em ensiná-lo o porquê de todas essas coisas terem acontecido, puderam  somente levar Jó a um caminho de resistência e justificação própria. Embora  suas palavras fossem frequentemente verdades em si mesmas, eles não entendiam a razão da provação. O poderoso trabalho de Deus em nossas vidas é muito grande para ser explicado pelo conhecimento humano. Nós devemos ir até o santuário para aprender porque Deus permite  as provações. 
Deus usou os três amigos de Jó para expor o que ninguém mais conseguiria. Era necessário expor o que necessitava ser revelado e julgado. Jó em sua defesa contra suas falsas acusações, atribui erroneamente as injustiças a Deus ( Jó 27:2) . O fato de Jó sempre procurar ser correto e justo poderia até ser correto mas o defender a si mesmo era errado. Somente Deus é nosso juiz. Nenhum homem estando sob provação pode ser ao mesmo tempo avaliador ou juiz, pois , quando começamos a nos defender, com certeza erraremos, apesar ser muito difícil não se defender quando a acusação é falsa. Deus foi fiel em ter `a mão um homem que o representaria apropriadamente no momento certo.

As palavras fiéis de Eliú.

Usualmente é somente depois de cessarmos de falar que começamos a aprender e Eliú sabiamente espera por esse momento, antes de começar a falar. Ele justifica, primeiramente, a Deus e somente depois aponta os erros de Jó e dos seus amigos . Ele também não toma a posição de superioridade nem de inflexibilidade, mas fala como de algum´m que é feito de barro. Ele é cuidadoso em não acusar a Jó das coisas que não se pode ver no coração, antes ele usa apenas o que cada um disse e fielmente fala a verdade. Depois de falar dá a oportunidade de Jó responder, e termina seu discurso com uma admoestação para temer a Deus. Ele, consegue levar Jó a  presença de Deus, e então  silencia-se. Depois disso Deus começa de onde Eliú terminou. Ele conduz Jó ao completo entendimento de quem Ele é e o Seu grande poder. Jó reconhece sua vil condição após o primeiro discurso. No segundo discurso Jó vê a Deus como Ele é, e ele é restaurado a Deus.
O grande propósito de Deus em abençoar então, é demonstrado na vida de Jó. Ele recebe em dobro tudo o que havia perdido em sua provação.

“ Porque tudo que dantes foi escrito para o nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das escrituras tenhamos esperança.” ( Romanos 15:4) 

“ Eis que temos por bem aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” ( Tiago 5:11).

D.C. Buchanan

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Poder da Ressurreição  (Filipenses 3: 10)

O apóstolo Paulo quer conhecer " o poder de sua ressurreição “ . Existe poder em sua ressurreição? 

Se alguém de nós fosse ressuscitado mas estivesse ainda nesse mundo, teria laços com esse mundo? Não, mas antes desejaria estar na glória, e nada o impediria de , mesmo aqui, desenvolver os afetos do novo homem. Estaria, de certa forma, antecipando o céu, demonstrando isso através dos seus pensamentos e desejos. Isso é o poder de sua ressurreição.

Quando um crente compreende, pelo poder da ressurreição, que ressuscitou e que todo o laço entre ele e o mundo foi cortado, ele experimenta liberdade. Cristo, na verdade, nos atraiu para isso. Estamos atualmente em nossos corpos mortais e em um mundo no qual, se não vigiarmos, pronto cairemos. Então o poder de sua ressurreição terá o efeito de fazer com que : “ …esqueçendo das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante de mim” ( Fil.3:13). Assim nos é feito compreender, por meio do Espírito Santo, o propósito para o qual fomos salvos.

Tudo o que há no mundo nos impede de fazer progressos espirituais. Temos que considerar que existe um poder positivo na ressurreição de Jesus. Não devemos nada a carne. E quando Satanás nos acusar contraporemos as suas acusações o poder da morte de Cristo e as demandas e atrativos desse mundo o poder se sua ressurreição. A vida da ressurreição de Cristo está em nós e não somente seus efeitos. A direção  que essa nova vida nos leva constituem nossa vocação celestial. O que fortalece essa vida é o fato de que nossos afetos estejam poderosamente atraídos a uma pessoa, Cristo Jesus. Tal é o verdadeiro poder de sua ressurreição. 

No versículo 18 vemos que os incrédulos que diziam ser cristãos nano possuíam esse poder.

Caminhamos nesse mundo como ressuscitados, esperando pelo momento de estar na glória? Para isso fomos salvos por Cristo, e isto nos faz esquecer o mundo. Nosso privilégio é poder esquecer tudo o que fica para trás, ainda mesmo que sejam nossos progressos na vida cristã e olharmos para o : “alvo” . Se desejo somente a Cristo, estou certo que ganharei, nano necessito de mais nada para me sustentar. Poderá haver provas, aflições, mas Deus se serve delas para nos ensinar que temos tudo nele. Sadraque, Mesaque e Abednego foram postos sobre os “ negócios” de Babilônia ( Daniel 3:12), ou seja , de certa forma foram engrandecidos nesse mundo. O mundo por assim dizer nos lança “ ataduras” que nos prendem a ele e quer que fiquemos presos . Da mesma forma eles , juntos com a multidão, deveriam adorar a estátua, mas suas circunstâncias exteriores estavam tão `a vista que o rei nano podia perdoá-los, visto que estavam publicamente decididos a não se prostrarem diante da estátua. Então o “ mundo” os lançaram no fogo atados , e justamente aí encontraram o Filho de Deus e foram libertos das ataduras que o mundo os havia colocado. Portanto não temamos o fogo, nem as provas, nem as dificuldades, pelo contrário elas nos levam ao encontro com o Senhor Jesus.

JND

terça-feira, 11 de junho de 2013


" Eu é que fiz isto" ( 1 Reis 12:24)


As decepções da vida não são, na realidade, outra coisa além de decretos do amor. " Hoje tenho algo a ensinar-te", diz o Senhor a cada um dos seus remidos que estejam em aflição. " Dir-te-ei suavemente ao ouvido para que as tempestades que te podem sobrevir não te atemorizem , e para que os espinhos sobre os quais tens de andar te façam menos dano. É uma frase curta, mas deixa que ela se introduza até ao mais profundo do teu coração, para que te sirva de almofada para a tua cabeça cansada.

" Eu é que fiz isto"

" Já pensaste alguma vez que tudo o que te importa a ti me importa também?" . Aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho" ( Zacarias 2:8).
" Enquanto foste precioso aos meus olhos, também foste glorificado, e eu te amei" ( Isaías 4:3-4). Por isso me dá tanto gosto formar-te. Quando a tentação te ataca, e o inimigo se aproxima de ti, …" como torrente impetuosa" ( Isaías 59:19), quero manifestar-te que " Eu é que fiz isto". Eu dirijo todas as circunstancias. Não é por casualidade que estás no lugar onde te encontras, mas sim porque Eu o escolhi para ti ".
" Não tens conseguido ser humilde? Eu mesmo te pus na escola onde aprendeste essa lição. Por meio do que te rodeia e das pessoas que te acompanham a minha vontade há de realizar-se em ti. Tens problemas materiais ? Parece difícil viver com o que tens? " Eu é que fiz isto" , porque Sou quem tudo possui. Queria que o recebesses de Mim e que dependesses inteiramente de Mim. " Deus , segundo as suas riquezas, suprirá todas as suas necessidades em glória, por Cristo Jesus" ( Fil. 4:19). Põe a prova minhas promessas, e que se não possa dizer de ti o que foi dito de Israel, no deserto: " Mas nem por isso crestes no Senhor vosso Deus".

Passas noites de aflição ? " Eu é que fiz isto". Eu, que fui " homem de dores, e experimentado nos trabalhos" ( Isa. 53:3), deixei-te sem apoio humano, para que vindo a mim, conheças a "eterna consolação" ( 2 Tess. 2:16-17). Decepcionou-te um amigo a quem costumava revelar o teu coração? " Eu é que fiz isto" . Permiti essa decepção para que aprendas que Jesus é o teu melhor amigo. É Ele quem te guarda, para que não caias; é Ele quem sustém a tua alma nas suas lutas. Ele é o teu escudo, a tua vitória. Ele quer ser o teu confidente, o teu pastor e o teu guia.

Alguém te caluniou? Deixa que eu me ocupo disso, e vem se refugiar `a sombra das minhas asas. Ocultá-los-ás em um pavilhão da contenda das línguas ( Salmo 31:20). Farei manifestar " a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia " ( Salmo 37:6). Transtornaram-se os teus projetos? Estás decaído e cansado? " Eu é que fiz isto" Tens feito planos, e tens vindo pedir-me que os abençoe, enquanto eu queria prepará-los para ti e tomar a responsabilidade eu mesmo, " porque este negócio é muito difícil pata ti; tu, só, não podes fazer" ( Ex.18:18)
Não és mais do que um instrumento; não és Aquele que o utiliza". " Desejavas ardentemente fazer algo de importante para Mim, e, em vez de realizares o teu desejo, te vês impotente em um leito de dor? " Eu é que fiz isto" Enquanto te encontravas em grande atividade seria útil chamar a tua atenção . Agora quero ensinar-te algumas das minhas lições mais profundas. Somente os que tem aprendido a esperar com paciência é que podem servir-me. Os meus obreiros mais eficazes são, não raro, aqueles, que se veem obrigados a deixar um serviço ativo, para aprenderem manejar a arma da oração. Vês-te chamado , de repente, a ocupar um posto difícil e de grande responsabilidade? Segue em frente, contando comigo. Se te confio este posto importante é para te fazer compreender a verdade da minha palavra. " Por esta causa te abençoará o Senhor, teu Deus, em toda a sua obra, e em tudo em que puseres a tua mão" ( Deut. 15:10).
" Hoje ponho em tuas mãos um punhado de farinha, e um pouco de azeite" (1 Reis17:12) para que os utilizes sem temor. Que todas as circunstancias que se apresentem no teu caminho, que toda a palavra ingrata que tiveres ouvido, que cada interrupção que debilita a tua paciência, e que toda a manifestação da tua própria fraqueza te encontrem bem provido destes recursos divinos. Ve que todas estas provas fazem parte da educação do Pai. As feridas que causam curar-se-ão mais rapidamente, se aprenderes a ver-me, a mim, em todas as coisas. Porque " por estas disposições tuas vivem os homens, e inteiramente delas depende o meu espírito" ( Isa. 38:16).
" Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados. E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente, antes seja curado. Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" ( Heb. 12:12-14).
" Aplicai o vosso coração a todas as palavras que hoje testifico entre vós" ( Deut. 32:46).


 Filemom

                   Essa epístola não exige muitas explicações. É a expressão do amor que atua pelo Espírito Santo, no interior da Igreja de Deus,
                      em todas as circunstancias da vida individual.
                      Escrita para despertar em Filemom sentimentos que as circunstancias poderiam abafar no seu coração, essa epístola é mais própria para produzir esses                
                      sentimentos no leitor do que para ser objeto de uma explicação.
                      É um belo quadro da maneira como a ternura e a força do amor de Deus, operando no coração, se ocupam de todos os pormenores em que este amor 
                      pode ser ferido ou pode servir de ocasião para fazer crescer o amor e torná-lo ativo. Sob esse ponto de vista, a epístola a Filemom é tão importante como 
                      bela, porque este desenvolvimento de ternos e delicados cuidados, no meio dos gigantescos trabalhos do apóstolo e das imensas verdades que formam
                      as bases das relações de todas as criaturas com Deus em Cristo, dá um caráter muito especial ao Cristianismo e mostra a sua origem divina; porque Aque-
                      le que revela as verdades mais profundas as coordena no conjunto dos pensamentos divinos o faz como falando de uma coisa conhecida, como comuni-
                      cando-lhes os Seus próprios pensamentos. Espírito do Deus de amor, Ele pode encher o coração das considerações que só o amor pode sugerir, com uma
                      dignidade que revela a sua origem e com uma delicadeza que mostra que seja qual for a grandeza dos Seus pensamentos, Ele pode pensar livremente em
                      tudo.
                      Quando o espírito humano se ocupa de assuntos elevados, fica sobrecarregado e curva-se sob o peso de tal fardo; fica absorvido. É-lhe então necessário 
                      isolar-se a fim de se poder aplicar a esses assuntos. Mas Deus revela os Seus próprios pensamentos, e , por muito vastos que eles sejam para o espírito 
                      humano, correm sempre com a clareza e a coerência que lhes é próprio nas comunicações que ele faz por intermédio dos instrumentos que escolheu. Es-
                      tes são livres de amar, por que o Deus que os emprega e lhes comunica o que eles ensinam é Amor. A manifestação desse amor é a parte mais essencial
                      da tarefa que lhes é confiada, mesmo ainda mais do que falar das coisas profundas. Assim, quando os cervos de Deus são movidos por esse amor, o cará-
                      ter de Quem os envia é demonstrado como sendo o de Deus, que é a origem do amor, em perfeita consideração pelos outros e na atenção mais delicada
                      pelas coisas a que o coração pode ser sensível.
                      
                      De resto, esse amor desenvolve-se nas relações formadas entre os membros do Corpo de Cristo pelo próprio Espírito Santo, quer dizer entre os homens.
                      Jorrando de uma fonte divina e sempre alimentadas por ela, as afeições cristãs revestem a forma das considerações humanas que, mostrando o amor
                      e o oposto do egoísmo, trazem a marca da sua origem. O amor, liberto do eu, pode pensar e pensa em tudo o que concerne aos outros e compreende 
                      aquilo que mais os impressiona.

                      Onésimo, escravo fugitivo, tinha sido convertido por intermédio de Paulo, que o tinha gerado nas suas prisões. Filemom, homem rico, ou, pelo menos, 
                      vivendo bem, recebia a assembléia em sua casa. A sua mulher também era convertida, e ele próprio trabalhava, segundo as suas capacidades, na obra
                      do Senhor. Arquipo era um obreiro do Senhor e atuava na assembléia talvez como evangelista. Em qualquer caso, tomava parte nos combates do Evan-
                      gelho e encontrava-se em relação com Filemom e com a assembléia.

                      O apóstolo, ao enviar Onésimo ao seu amo, dirige-se a toda a assembléia. Esta é a razão pela qual, na sua saudação, ele diz somente: " Graça e paz", 
                      sem acrescentar " misericórdia" , como fazem os apóstolos, quando se dirigem simplesmente a indivíduos. O seu apelo em favor de Onésimo é dirigido a 
                      Filemom; mas toda a assembléia deve se interessar por esse querido escravo, feito agora filho de Deus. Os corações dos outros cristãos eram como que 
                      um apoio - e uma garantia para o procedimento de Filemom, embora o apóstolo espere perdão e bondade para Onésimo, como frutos do amor do próprio 
                      Filemom, na sua qualidade de servo de Deus.

                      Paulo reconhece - como era seu hábito - todo o bem que existe em Filemom, e colhe nesse bem bons motivos para o próprio Filemom, a fim de que ele
                      dê pleno curso ao sentimento da graça, apesar de tudo o que o regresso de Onésimo pudesse produzir na sua carne, ou do azedume que Satanás 
                      pudesse despertar nela. Paulo quer que aquilo que ele deseja para Onésimo seja ato do próprio Filemom. A libertação do antigo escravo ou mesmo a sua 
                      alegre recepção como irmão na fé teria, neste caso, um alcance muito diferente do que teria se esse acolhimento fosse fundado sobre uma ordem do 
                      apóstolo, porque se trata de afeição cristãs e dos laços do amor. O apóstolo faz valer o direito que tinha de comandar; somente com o fim de por de lado
                      esse direito e de dar mais força ao seu pedido, sugerindo ao mesmo tempo que a comunhão da fé de Filemom com toda a igreja e com o apóstolo, quer 
                      dizer, a maneira como a fé de Filemom se ligava na atividade da afeição cristã `a Igreja de Deus, assim como `aqueles que, da sua parte, ali trabalhavam,
                      e ao próprio Senhor ( espírito que se mostrava já tão honrosamente em Filemom) , tenha o seu pleno desenvolvimento, reconhecendo todos os direitos
                      do apóstolo sobre o seu coração.

                      É lindo ver a afeição do apóstolo por Onésimo mostrar-se numa ansiedade que lhe faz esgotar todos os motivos capazes de atuarem sobre o coração de
                      Filemom, e , junto a essa afeição, o sentimento cristão que inspirava igualmente a Paulo uma plena confiança nos bons afetos desse fiel e excelente irmão.
                      O coração natural de Filemom bem teria podido sentir algum ressentimento por ocasião do regresso dos seu escravo fugitivo, por isso o apóstolo intervém,
                      por meio de sua carta, em favor do seu querido filho na fé, gerado no tempo do seu cativeiro. Deus tinha intervido, pela obra da Sua graça, que devia 
                      atuar no coração de Filemom para produzir uma relação inteiramente nova entre ele e Onésimo.  O apóstolo exorta Filemom a receber o seu antigo escra-
                      vo como irmão; mas é evidente ( verso 12) que Paulo, embora quisesse que o amo, ao qual Onésimo tinha prejudicado, atuasse por sua livre vontade,
                      confiava que ele o libertaria ( verso 21).  E , embora assim seja, o apóstolo quer tomar sobre si todos os danos, por amor do seu querido filho. De acordo
                      com a graça, Onésimo era agora mais útil, quer a Filemom quer a Paulo, do que outrora, quando a carne o tinha tornado um servo infiel e inútil. Filemom
                      devia ficar satisfeito com por isso ( verso 11). O apóstolo alude aqui ao nome de " Onésimo" que significa " útil ". Enfim , recorda Filemom que lhe era 
                      devedor a ele, Paulo, da sua própria salvação, da sua vida como cristão.

                      Paulo era, nesse momento, prisioneiro em Roma. Deus tinha conduzido Onésimo a essa cidade, aonde todos afluíam, para o levar há salvação e ao 
                      conhecimento do Senhor, para que nós fossemos instruídos, e para que Onésimo tivesse na Igreja Cristã uma nova posição. Isto deu-se, ao que parece,
                      no fim do aprisionamento do apóstolo. Pelo menos Paulo espera ser libertado, e diz a Filemom que lhe prepare também pousada. 

                      Os nomes que encontramos aqui também se encontram na Epístola aos Colossenses. Nesta, o apóstolo diz: " Onésimo … que é dos vossos" ( Col 4:9),
                      de sorte que, se aquele de que se trata aqui é o mesmo, ele era de Colossos. Parece provável que assim seja, porque também encontramos nessa mesma
                      epístola Arquipo, que é exortado a ter cuidado com seu serviço ( Col 4:17). Se assim é, o fato de Paulo falar aqui desta maneira de Onésimo aos cristãos 
                      de Colossos é ainda uma prova dos seus cuidados de amor por esse novo convertido. Coloca-o assim no coração da assembléia, enviando a sua carta por
                      ele e por Tíquico. Na epístola aos Efésios não há saudação, mas foi levada pelo mesmo Tíquico. Timóteo esta junto de Paulo no momento de este endere-
                      çar a sua Epístola aos Colossenses, como na enviada a Filemom; mas não está na que foi enviada aos Efésios nem na enviada aos FIlepenses aos 
                      quais o apóstolo esperava enviá-lo em breve. Os dois nomes encontram-se de novo reunidos.

                      Não tiro conclusões aqui desses últimos pormenores, mas o seu estudo não seria falho de interesse. As quatro epístolas que acabo de falar foram escritas
                      durante o cativeiro do apóstolo em Roma, num momento em que ele esperava ser libertado dessa prisão.

                      Finalmente, o que temos de especial a notar na Epístola a Filemom é o amor que, no centro íntimo desse círculo, tudo há volta garantido por um desenvol-
                      vimento de doutrina sem paralelo, reina e frutifica, e une num conjunto os membros de Cristo, derramando o sabor da graça sobre todas as relações em 
                      que os homens se encontram uns com os outros, ocupando-se de todos os pormenores da vida com uma perfeita conveniência e tendo em consideração
                      todos os direitos que possam existir entre os homens, e tudo o que o coração humano possa sentir.       ( JND)


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013


          
                                  OBADIAS

              " E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do Senhor veio a Elias no terceiro ano, dizendo: vai mostrar-te a Acabe; porque darei chuva sobre a terra" .(1 Reis 18:1)

Elias, " orou fervorosamente para que não chovesse: e não choveu na terra por três anos e seis meses". Isso foi pela fé ( Tiago 5:16-18). Existe várias passagens nas escrituras nas quais Elias poderia ter agido sem uma revelação recente por parte de Deus ( Deut.11:16-17 e 28:24).
Deus reluta em punir Seu povo, mas Elias orou fervorosamente para que assim acontecesse, para a glória de Deus e para o bem deles. Deus não necessita de nenhum de nós para levar a cabo Seus planos, mas a maravilhosa verdade é que ele usa o homem, e frequentemente nós vemos em seus servos usados uma fraca figura do Homem dos Seus desígnios, que cumprirá a Sua vontade em justiça, verdade e misericórdia ( Miquéias 7:20).

              " Vai, mostrar-te a Acabe; porque darei chuva sobre a terra" ( 1 Reis 18:1)

Desde que Deus está prestes a dar a chuva , Ele a daria através do homem que a fez parar. A benção deveria estar identificada com Elias. A sua missão era levar o povo de Deus ao arrependimento e ao mesmo tempo  a um sentimento segundo os propósitos de Deus tendo toda a nação ( as 12 tribos) como se fossem uma só( verso 31). Em Malaquías 4:5-6 é referido esse propósito, que só se cumprirá na volta de Cristo (veja Atos 3:19-26). Aqui Elias é visto como uma figura de Cristo. Conforme falamos de sua missão temos de lembrar que Elias teve outros trabalhos alem de sua missão para com o povo de Deus.

O profeta fica por três anos e meio em Sidom e esse período não é parte de sua missão. Esse abençoado ministério da graça, alcançando os gentios, inteiramente a parte da chamada de volta a Lei é vista através de sua carreira como profeta, mesmo após a sua missão ser encerrada ( capitulo 19:19), quando ele escolhe seu sucessor Eliseu.
No ministério de Elias ele se torna, por vezes, um maravilhoso tipo de Cristo. O ministério do Senhor Jesus repousa sobre o fundamento da chamada da Igreja. Quando Elias orou pela chuva, não nos é dito em Tiago 5:18 que ele orou fervorosamente. Isso foi dito quando ele orou para que não chovesse. No versículo dezoito e dito: " E orou outra vez , e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto".
Que maravilhosa jóia é a misericórdia! Deus é pronto para abençoar!  E quão lento é a Sua " estranha obra", o julgamento! Ele exercita a paciência com Seu povo sem fé.

" E foi Elias mostrar-se a Acabe: e a fome era extrema em Samaria" ( 1 Reis 18:2).

O caminho da fé é cheio de perigos. Nós desejaríamos muitas vezes fugir ao invés de ficar em nosso lugar (2 Sam. 23:11-12). Se temos certeza que Deus nos tem enviado, nós podemos desançar em Seu poder contra inúmeros inimigos. A proximidade com Deus traz essa simplicidade. A santidade nos aproxima de Deus e nenhuma comunhão existe se não houver santidade.
Essa é parte da missão de Elias , que exemplifica a fé nas horas negras de seu ministério. Somente o senso da presença de Deus poderia dar tal calma. Não havia nenhuma nação onde Acabe não tivesse procurado por Elias, porque ele estava determinado a destruir Elias. Sem hesitação Elias vai numa cena de fome e desolação para encontrar o rei idolatra Acabe face a face.

                            O mordomo da casa de Acabe.

                 " E Acabe chamou a Obadias, o mordomo: e Obadias temia ao Senhor" (1 Reis 18:3)

Aqui somos introduzidos a uma diferente classe de servo de Deus, diferente de Elias que tinha um testemunho positivo. Obadias era alguém que temia o Senhor grandemente, típico daqueles sete mil que não se dobraram a Baal (1 Reis 19:18). Isto é um testemunho negativo, e uma característica do grande número de crentes hoje. Em nenhum lugar encontramos Obadias falando como um homem de Deus. Somente um que manifesta o caráter de Deus pode ser mencionado. O nome : Obadias, significa " servindo a Jeová". Isso ele fez, embora de uma maneira imperfeita. E é muito interessante o quão longe a graça alcança. Um mínimo pensamento, um copo de água fria, um pedaço de pão, tudo é notado por nosso Deus, se o coração está nisso. Quão frequentemente a carne treme enquanto o coração é afligido. Poderia ser que através dos anos Obadias derramou muitas lágrimas. Quanto ouviram a Deus, essa foi a avaliação desse povo.

                 "… e Obadias temia muito ao Senhor, porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do Senhor, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu numa cova, e os sustentou com pão e água" ( Cap. 18: 3-4).

                             Compromisso

O Espirito de Cristo nos capacita em ver o que há de bom em nossos irmãos e encorajar qualquer esforço por Cristo. Pobres criaturas caídas nós somos; ainda assim pertencemos a Cristo. E o  que Ele ganha do mais devotado do Seu povo não é muita coisa , mas Ele valoriza aqueles que consideram Seu nome em dias de trevas ( Mal. 3:16). Certamente não havia poder para testemunho da parte de Obadias na posição em que se encontrava, uma estranha posição para um filho de Deus . Quão difícil seu caminho e quão pouco conforto, porque : " …armara laços mas o que confia no Senhor será posto em alto retiro"( Prov.29:25).

Obadias arriscou sua vida pelo testemunho de Deus, mas pouco foi escrito a seu favor. Nós podemos ver nas entre-linhas que Obadias manifestou um coração fervoroso cheio de amor divino. Mas se ele tivesse tido a coragem de Elias, ele poderia ter preenchido um lugar como um pastor entre o vacilante povo de Deus.
Comparando Elias com Obadias, certamente Elias poderia se sobressair como homem de Deus. Anos de treinamento em Querite e separado do mal nos dias em que viviam o povo de Deus . Tudo isso contribuíu para o forte caráter de Elias. Ele falava com peso, poder e audácia, Isso mostra a importância de passar pela escola de Deus na preparação para a obra. Obadias não chegou tão longe. A vida fácil na corte do rei não poderia nem de perto produzir o que foi produzido em Querite. O medo de um rei idolatra era de grande estorvo para Obadias. Seu desejo em agradar o rei  levou, este amado homem, em muitas perseguições carnais.

                " E disse Acabe a Obadias: vai pela terra a todas as fontes de água, e a todos os rios: pode ser que achemos erva para que em vida conservemos os cavalos e mulas, e não sejamos privados das bestas" ( 1 Reis 18:5).

Esse mundo nos oferece muito no que ponderar hoje em dia, cercados pela " Babilônia" ou confusão das religiões. Eu me refiro a condição geral daqueles que professam ser do povo de Deus. É bom termos um exemplo como Elias diante de nós, mas realmente, qual é o nosso caso? Somos mais como Obadias ou como Elias? Somos caracterizados pelas virtudes de Elias, ou temos a fraqueza de Obadias, em amar a Cristo e o Seu povo dentro e sem nenhum testemunho fora?

                  " …a todas as fontes de água…(1 Reis 18:5).

Sao estas palavras de um homem de fé ? Na experiência e treinamento desses dois homens nós vemos uma razão para a falta de poder de Obadias. Nós nunca lemos que ele orava, ao contrário lemos de várias vezes que Elias orava. Obadias não tinha uma fonte definida de refrigério onde ele pudesse desançar, mas ele recorreu `a todas as fontes de água, e todos os rios, conforme mandou acabe. Muitos dos amados de Deus estão indiferentes procurando a ajuda espiritual em fontes que não são de Deus .

                          O Centro Divino. 

O Espirito de Deus foi enviado e habita no crente, em cada um individualmente, dando energia e discernimento. Também o Espirito tem feito Sua habitação na assembléia na terra. Se o povo de Deus se reúne segundo as instruções divinas, somente ao nome do Senhor Jesus, pelo Espirito, esperando em dependência de Deus, a necessidade será suprida no lugar onde Seu nome esta. A verdade de Deus só pode ser achada onde Deus se agrada em estar. Hoje a Igreja é estabelecida como depositária da verdade, assim como foi Israel em outros tempos. Em procurar " todas as fontes" e unir-se com a confusão existente, o que significaria para o povo de Deus  as palavras:  " pode ser que achemos " , se Deus tem comunicado a Sua vontade porque haveria de haver duvida?

Quando a alma está em descanso e em comunhão com os pensamentos de Deus, existe progresso sem indecisões e medos. Há muitos entre o povo de Deus que se ligam aos " sete mil" dos quais Obadias parece ser uma figura. Será que nos atrevemos olhar para esse amado homem da mesma maneira que olhamos para o nosso estado hoje?
O que faremos com as escrituras que dizem: " Vai ter diante do homem do homem insensato, porque nele não divisarás os lábios do conhecimento" ( Prov.14:7) ?
Em ouvir aquilo que sabemos ser desonroso a Deus e profano. É melhor não ter uma educação formal que se submeter ao que é profano. " Também todo vaso aberto, sobre não houver pano, será impuro" ( Prov.19:15).
Nos é dito nas escrituras para fugirmos do mal. " Quero pois que os varões orem em todo lugar levantando mãos santas, sem ira nem contenda" ( 1 Tim 2:8). Irmãos (homens) nossas orações tem poder? Conduzimos nossos negócios nos princípios deste mundo ou com a consciência ensinada pela Palavra de Deus? " Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro,ou pérolas ou vestidos preciosos, mas como convém as mulheres que fazem profissão de servir a Deus com boas obras.( 2 Tim. 2: 9-10). Existe a coragem de Elias contra o príncipe deste mundo ou o fraco e submisso Obadias? Logo o Senhor virá, então não haverá mais oportunidade de sofrer por Cristo em rejeição.

             "... e não estejamos privados dos animais"(1 Reis 18:5)

A grande preocupação do rei infiel era para com os animais, não para com o povo a quem foi dado para que ele o alimentasse. Temos um coração de pastor? Davi era pastor, e foi de uma sacola de pastor que ele pegou a pedra que derrotou Golias que afrontava o povo de Deus (1 Sam 17:40-49).

Ha um real poder na afeição. Pobre Obadias estava dividido entre o coração do pastor e o agradar ao rei, que era seu senhor.

                                Andando sozinho.

             " E repartiram entre si a terra, para passarem por ela: Acabe foi `a parte por outro caminho" ( 1Reis 18:6)

Não somente não há refrigério para Obadias, mas ele tem de andar sozinho, sem comunhão, pobre homem solitário andando no deserto bem no meio do professante povo de Deus, e sem o gozo que deveria acompanhar o caminho da fé. Entretanto, é melhor andar sozinho do que ter a companhia de um homem como Acabe. Secretamente Obadias procurou servir o Senhor com um verdadeiro coração mas com um débil testemunho.

" Estando pois Obadias já a caminho eis que Elias o encontrou; e conhecendo-o ele ,prostrou-se sobre seu rosto e disse: és tu o meu senhor Elias ? ( 1 Reis 18:7).

É precioso ver como Obadias imediatamente reconhece Elias. Mesmo com toda a fraqueza na vida de um cristão, há aquilo que Deus fez, e Cristo ,no coração ,pode ser reconhecido por um coração puro. Aqui temos dois cervos de Deus com a mesma natureza divina. Entretanto há uma diferença, na maneira como eles se portam. Há uma distancia da parte de Elias por causa do compromisso de Obadias para com Acabe. Ele estava andando longe de Deus e Elias estava andando em comunhão com Deus. Portanto não poderia haver comunhão até que a consciência de Obadias fosse alcançada.


" E disse-lhe ele: Eu sou, vai e dize ao teu senhor: eis aqui esta Elias" (1 Reis 18:8).

Nada poderia ter atingido Obadias com mais poder do que essas palavras: " teu senhor". Pobre Obadias ele estava na presença de um homem que era muito superior moralmente, e ele sabia disso. Ele também sabia que estava sendo sondado. Um servo de Deus que tinha a mente de Deus sabe que ,a não ser que a verdade seja ministrada para a consciência, ela não alcançará seu propósito. Isso permite que Obadias veja a si mesmo na presença de Deus como Deus o ve.
Isso faz uma pequena diferença se olharmos para Elias como um tipo de Cristo aqui ( Lucas 13:1-5), ou simplesmente pensamos no poder da Palavra de Deus manejada pelo homem de Deus. Obadias sabia que Deus estava por trás de Elias. Ele sabia que Elias tinha o poder de parar de chover , e que poderia fazer chover novamente.

                            Consciencia 

Quão severa foram as palavras : " vai e diz a teu senhor" ainda assim a consciência de Obadias devia ser alcançada antes que a chuva começasse a cair. Isso é uma figura dos sete mil que seriam abençoados pela chuva que cairia do céu sobre a confissão do pecado.

                   " Porém ele disse : Em que pequei, para que entregues o teu servo na mão de Acabe para que me mate" ( 1 Reis 28:9).

É Obadias e não Elias que levanta a questão do pecado. Ha poder moral com um homem que anda em separação, e há uma flecha certa para cada consciência ( Lucas 10:36, 18:22, 22: 48, João 18:37 etc) . Como Obadias ficou completamente subjugado no encontro com Elias, todo o seu caminho deve ter sido previsto naquele momento. Tudo e conhecido pelo profeta, trazendo s sua vida e os seus caminhos `a luz. Ele sente que deve de falar do Senhor como o Deus de Elias. Elias também não falou de Acaba como o senhor de Obadias? O pecado tem uma cor diferente na presença do homem de Deus. Quão bom seria ser livre como Elias , para servir o Deus vivente sem ter correntes que o prendam a compromissos. E quem era mais livre que Elias? Um objetivo, um propósito, um caminho, uma esperança um gozo. Isso não era verdade para os sete mil.

" Vive o Senhor teu Deus, que não houve nação nem reino onde o meu senhor não mandasse em busca de ti; e dizendo eles: Aqui não está, então ajuramentava os reinos e as nações, se eles te não tinham achado. E agora dizes tu : vais, diz a teu senhor: Eis que aqui está Elias. E poderia ser que, apartando-me eu de ti, o Espírito do Senhor te tomasse não sei para onde, e , vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele, me mataria; porém eu , teu servo, temo ao Senhor desde a minha mocidade. Porventura não disseram a meu senhor o que fiz, quando Jezabel matava os profetas do Senhor, como escondi a cem homens dos profetas do Senhor, de cinquenta em cinquenta numas covas, e os sustentei com pão e água? E agora dizes tu: vai diz a teu senhor: Eis que aqui esta Elias: e me mataria " ( 1 Reis 18:10-14)

Que pobre pedido da parte de Obadias. Não parece que ele teve progresso na escola de Deus, mesmo tendo temido o Senhor desde a infância (Salmo 70:17) " Ensinaste-me, o Deus, desde a minha mocidade; e ate aqui tenho anunciado as tuas maravilhas".
Tem o cristão de dizer alguma coisa sobre o que ele fez? Pobre Obadias que se apoia em uma coisa que ele fez e que mostrava em que lado ele estava. Assim, toda árvore boa produz bons frutos,..." ( Mat.7:17).

Quanto a Elias, ele viveu cada dia sobre os olhos e o cuidado de Jeová. Ele não tinha nada para dizer sobre o que tinha feito. Era talvez algo para ser publicado, como ele tinha vivido no ribeiro e comeu o que  os corvos lhes traziam para ele comer? Ainda assim Deus tem escrito para sempre em Sua sagrada palavra esses feitos. Seria digno de nota para outros como ele viveu com a pobre e destituída mulher que era viúva, e com seu filho que comeu com eles por quase três anos? Isso é relatado para a obra de Deus . Somente alguém instruído por Deus poderia apreciar uma obra assim. Profeticamente, Isaías nos conta os pensamentos do Senhor Jesus no final de sua jornada aqui. Então quão glorioso e recompensador será o dia da ressurreição!

Ha serenidade e postura em um servo que é convencido que ele esta no caminho que o Senhor deixou para que ele seguisse servindo a Deus sozinho e habitasse no ribeiro até que esse secasse e então esperar por uma palavra de Deus que o enviasse a uma viúva destituída de tudo para que a sustentasse, e se apresentar diante de acabe que o esperava para mata-lo. Isso é, o que aprendemos na escola de Deus, dependência ,custe o que custar. O Senhor Jesus preferiria morrer a desobedecer.

Porque Obadias teme por sua vida quando o Rei procura tirar a vida de Elias por três anos e Elias, sabendo disso , não se preocupa em ir diante do rei levando a mensagem que Deus havia pedido?  O que conhecemos sobre a fé?

 Nosso dia a dia nos ensina apenas quão fraco e sem fé somos. Nas mãos de quem depositamos nossa esperança? Terão os homens feito instruções mais confiáveis que o Senhor? 

Que não possamos ser tão duros com Obadias, mas antes aprender dessas solenes lições alguma coisa que possam exercitar nossas consciências a agirem segundo a vontade de Deus. Será que a vida de Obadias não serve como um espelho para nos?

                            Arrependimento

                 " E disse Elias: Vive o Senhor dos Exércitos, perante cuja face estou, que deveras hoje me mostrarei a ele. Então foi Obadias encontra-se com Acabe, e lho anunciou: e foi Acabe encontrar-se com Elias" ( 1 Reis 18:15-16)

Isso parece culminar no arrependimento de Obadias. A palavra de Elias caiu em solo bom. Obadias agora faz o que ele disse que nunca faria por temer a Acabe. Nós , depois disso, nunca mais ouvimos de Obadias. Certamente que seu encontro com Elias teve profundo efeito. Trouxe a fé genuína e coragem para ir até Acabe e contar-lhe que Elias estava lá.

Podemos comparar Obadias com Acabe, mas há um grande contraste entre Elias e Obadias. Os interesses egoístas de Acabe eram aparentes , de forma que poucos podem usar do poder sem abusar dele. Acabe andou fora dos princípios de Deus , era idolatra e não tinha o coração para o povo de deus.

 Sobre Acabe ficará para sempre o registro na Palavra de Deus de um homem que foi exaltado sobre muitos , mas viveu no mal, como nenhum outro antes dele ( 1 Reis 16:30-33).
" O homem que está em honra e não tem entendimento é semelhante aos animais que perecem" ( Salmo 49:20).


domingo, 16 de setembro de 2012

Os ossos de Eliseu

‎"E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram uma tropa, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu: e, caindo nela o homem, e tocando os ossos de Eliseu, reviveu, e se levantou sobre os seus pés"( 2 Reis 13:21).

O poder da Palavra de Deus continua mesmo após a nossa morte.

Aqui do tumulo de Eliseu a luz brilhou como o sol que se levanta numa manhã ensolarada. O contato com os restos mortais do profeta trouxe da morte para a vida e permitiu que aquele homem se levantasse sobre os seus pés, e todos que estavam ali puderam ver esse milagre de Deus. Da mesma forma se nossas vidas, mesmo em fraquezas, pode de alguma forma testemunhar de Cristo e sua graça invisível, poderá tocar profundamente as almas com quem tivemos contato, mesmo após termos partido para nosso lar celestial. Poderá ser por alguma coisa que fizemos, por uma palavra que dirigimos, um folheto que entregamos e que no momento pensamos que não teve grande importância, mas que Deus , em Seu tempo, trouxe aquela alma ao arrependimento e deu salvação. Possamos portanto continuar com fé e orações por cada alma que temos a oportunidade, quer seja  por um débil testemunho ou por uma pregação eloquente do evangelho jamais esquecer que quem dá a salvação é Deus.

O tempo que Jacó passou no Egito


O tempo que Jaco passou no Egito.

Em situações de conflitos aprendemos que não somente Satanás e derrotado mas que também o crente, que passa pelas provações aprende segredos sobre sua debilidade, e os recursos da graça de Deus. Nos desejos do coração, partindo do poder da fé e da esperança, a alma e repreendida e exercitada e aprende, para a gloria de Deus ,que tem de voltar ao lugar onde o Senhor primeiramente havia estabelecido. Com esses pensamentos em mente seremos introduzidos no período final da vida de Jacó

No inicio Jaco tinha recebido um titulo dado pela graça e soberania de Deus e que dizia: " O maior servira o menor" ; isso fora o decreto de Deus a seu favor. Os direitos naturais de Esau nao seriam permitidos ficarem no caminho, antes, os propósitos da graça de Deus asseguravam tudo para ele, assim como da mesma maneira, nos assegura hoje para cada cristão. Mas ele se afastou desta simples dependência e procurou conseguir, por seus meios, o titulo de seu irmão ( Gen. 25:31) e também o de seu pai ( Gen.27). Contudo isso era uma fraude; e por vinte anos sofreu no exílio em meio a opressões e erros passando pela disciplina divina. Mas tudo isso nos mostra também a confiança que ele depositava na carne. Seria o mesmo que procurarmos buscar nosso direito de primogenitura, as bênçãos ou a herança fora das mãos de Deus. No final, entretanto, sua alma e encontrada no exercício de uma fé simples. Quando Jacó esta prestes a morrer, e os filhos de Jose, que haviam nascido no Egito,são trazidos diante ele os adota imediatamente. Eles não tinham nenhum titulo ou herança, pelo menos não como os de um primogênito, mas Jacó não só os adota como também lhes da uma porção dobrada, tratando-os como se fossem Rubem ou Simeão. Em tudo isso no entanto, haveria de ter a conferencia da carne e do sangue. Em suas próprias entranhas haveria a recusa externa, pois, naturalmente, havia o clamor pelo primogênito, mas não: Rubem deve dar lugar para Jose, que, em seus filhos, Efraim e Manasses terá uma porção maior que seus irmãos. A graça prevalecera e a fé reconhecera o titulo de primogenitura, benção, herança divina e todas as coisas em detrimento dos clamores da carne, do sangue e dos direitos naturais. Mas mais a frente vemos também que Manasses, o maior, servira o menor, Efraim, assim como Rubem , o primogênito, teve de fazer com Jose, apesar dos clamores naturais. Jose, no entanto, tenta argumentar com seu pai sobre os direitos naturais de Manasses, mas Jaco entende seus sentimentos e respondendo a isso: " Eu o sei filho meu, eu o sei". ELe deve deixar passar ate que ele chegue alem do clamor natural e veja o propósito de Deus e o titulo da graça estabelece Efraim sobre Manasses (Gen. 48) . Entao ele e trazido para ocupar-se com o terreno onde a maos de Deus o estabeleceu desde o inicio e do qual ele se apartou pela confiança na carne. Ele agora aprende que a quem Deus abençoa, esse sera abençoado, e que a graça de Deus nao necessita da ajuda da carne e nem Sua promessa da aprovação do homem. Antes, Deus fará tudo bem e de acordo com a Sua vontade. Jaco agora ve que, ao colocar Efraim sobre Manasses, Deus esta cumprindo Sua vontade soberana. Também aprende que Deus pode requerer o titulo a quem Ele confere e faz cumprir as promessas da Sua graça apesar dos clamores naturais da carne e do sangue. Isso são provas cabais da sua restauração, Assim como veremos ainda outras provas mais adiante.

O chamamento de de Deus era para a esperança da ressurreição ou para uma herança numa pátria celestial ( Heb.11:13-16). Abraão testemunhou dessa herança através da sua vida e de seus caminhos. Também falhou em algumas ocasiões, como quando ao mentir sobre sua mulher diante do Farao e Abimeleque e no caso de Agar. Da mesma maneira Isaque também falhou traindo os caminhos naturais. Mas Jaco ,como Abraão e Isaque, testificou habitando em tendas, das mesmas promessas (Heb.11:9). Jaco porem se afastou mais diretamente dessa fe quando ele construiu uma casa em Sucote e quando negociou com os Siquemitas e permitiu que seus filhos tivessem afinidades com as filhas de Canaan. Todas essas coisas fizeram com que seu coracao se afastasse do chamado de Deus e da esperança da ressurreição na qual seus pais tinham andado. O mundo presente, suas possessões, ocupações, alianças, parecem ter se tornado importantes para ele ( Gen. 37:17-20). No entanto, veremos uma maravilhosa restauração em sua alma mais uma vez.
Vemos que a restauração começa em Berseba ( Gen.46) ; aqui ele faz uma pausa da sua jornada a Manre, com medo de descer ao Egito, assim como Abraão em Gênesis 12 e Isaque em Gênesis 26. Isso e maravilhoso e nos mostra a sensibilidade e o frescor de uma alma despertada de alguém que estava aprendendo as licores de Deus sob a impressão do Seu Espirito. O senhor imediatamente honra isso através da visita do Seu servo, coisa que ele não tinha desde Betel em Gênesis 35:9. Essa restauração de sua alma e outra vez manifestada quando ele chega ao Egito, em sua confissão diante de Farao. Ele fala de suas peregrinações e ainda abençoa a Faraó, assumindo assim, a sua superioridade sobre Faraó ( Heb.7:7). Isso tudo nos mostra que a sua alma estava com a consciência no lugar que Deus havia estabelecido, pois ele mesmo se considera nao tendo nada " ...nesse presente século mau..", mas antes, como um estrangeiro e peregrino que foi ungido por Deus para uma herança ainda superior que a de qualquer rei desse mundo ( Gen47:7_10) .
Isso e um testemunho maravilhoso da saúde desse patriarca; ele vive por dezessete anos no Egito, mas ai ele nao tem casa ou comercio com seus habitantes como havia tido em Sucote e Siquem. E no final, na sua morte, com grande zelo, ele testemunha da esperança da ressurreição conforme a promessa de Deus. Jaco agora requer de Jose a promessa de que ele nao fosse enterrado no Egito, mas que seu corpo fosse enterrado no lugar que seus pais foram enterrados, na terra de Canaa. Ele fez jurar, e também pede a todos os seus filhos a mesma coisa, descrevendo exatamente o lugar em Canaa onde seus ossos deveriam descansar ( Gen. 48 e 49).Sua alma toda estava comprometida para que ele falasse disso de tal forma que toda a sua esperança estava ligada com a promessa de Deus, e da mesma forma com a de seus pais com os objetos e heranças da fé com a porção com a qual a esperança de Deus satisfaz toda a alma, ou seja , a " pátria celestial" depois do túmulo ( Gen 49) .
Existem diferentes manifestações da restauração da alma desse patriarca, Jaco, como vimos .
Veremos ainda mais uma.
Em dias anteriores ele foi descuidado no que diz respeito aos caminhos de seus filhos, por exemplo: quando Rubem contaminou a cama de seus pais, nao vemos nenhuma vergonha relatada sobre isso. Quando Levi e Simeao derramaram sangue em Siquem, foi somente uma coisa sem muita importancia para ele (Ge. 34 e 35). Mas, no final, ele recorda esses eventos com uma mente bem diferente. No relato das palavras profeticas para seus filhos, vemos seu coração ser exercitado a um nivel superior e cheio de afeição espiritual, expressando assim, como podemos ver, uma condição de alma restaurada. Vemos o resultado disso na historia de Rubem: dirigido pelo Espirito, Jaco expressa o horror em sua própria alma da iniquidade cometida por Rubem. Enquanto acautelando os destinos de Simeao e Levi, seu coração, da mesma forma da lugar, em declarar sua rejeição ao pecado, de derramamento de sangue. Também em dias anteriores ele fora descuidado em permitir que seus filhos se casassem com as filhas dos povos de Canaa, mas agora, no curso profético de suas palavras, contemplando a apostasia de Da em fraqueza da alma ele suspira e diz: " A tua salvação espero" , descansa no seu Deus ( Gen.49).
Isso, entre outros testemunhos, nos fala da restauração da alma de Jacó enquanto estava no Egito no período final de sua vida.
As cicatrizes que a carne fez foram reparadas e a mão do seu Pastor o guiou pelos caminhos da justiça.